domingo, 17 de outubro de 2010

Em Garanhuns

EM GARANGUNS


Quando vejo poetas reunidos
Cantadores de improviso nordestinos
Quando lembro meu tempo de menino
Das raízes deixadas no sertão,
Não há como sustentar a choradeira
Nem os gritos que sufocam o coração.

Quantas vezes eu já vi em Garanhuns
O maior embolador, “Preto Limão”
Numa roda de senhores assistindo
O espetáculo popular de uma canção,
O batido inconfundível de um pandeiro
Do maior repentista do sertão.

A beleza de um poema bem rimado
De uma frase construída de repente
Da resposta do martelo agalopado
Do poeta que encanta muita gente,
É fenômeno da cultura nordestina
Derramado pelo Deus Onipotente.


Bartolomeu Pinto Teixeira.