quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

VENTANIAS

VENTANIAS


Eu só queria pular da lua
E saltar sobre o oceano
Viajar no céu da tua boca
com minha língua ágil e febril,
percorrer as curvas do teu corpo
com mãos trêmulas e ardentes,
encontrar a porta do teu ser
e viver dentro de te eternamente.
Eu só queria, ouvir a tua voz
e sentir o sabor dos lábios teus,
caminhar sobre a terra onde pisas,
e misturar os teus sonhos
com os meus.
Sentir os bicos dos teus peitos
enrijecidos
pelo som do amor
que encantam teus ouvidos,
e da brisa morna
que saem dos teus gemidos.
Eu só queria ser poeta cantador,
ser um artista,
um desenhista
um escultor,
para com rimas
e com métricas sensuais,
te desenhar
te possuir, me desmanchar.
Me embriagar
no doce mel da tua flor.
Eu só queria me perder no teu andar,
pra me encontra no teu querer
do teu amar.
Para sentir o teu sentir quando chorar,
e me fundir
me misturar no teu olhar.
Eu só queria a loucura dos amantes,
dos que amaram
sem cobrar pro ser amado.
Eu só queria o pulsar dos corações,
dos que um dia foram mesmo apaixonados.
Para sem medo,
sem lembranças do passado,
oferecer o meu perdão,
ser perdoado.
Para em face do morrer da solidão,
viver amando como louco sem razão.
Sem preconceitos,
sem mentiras com paixão.
Não se esquecer de nos banhar nas águas claras,
das praias belas do estado da Bahia,
banhar meu corpo neste mar das tuas pernas,
e fazer amor enquanto fosse nosso, o dia.



Bartolomeu.

ENTRE OS DEDOS

ENTRE OS DEDOS.


Não posso me contentar com tão pouco,
Não entendo esta indiferença tua.
Sem motivo aparente. Me deixas louco.
Como posso me dar tanto assim, se não me queres,
E mesmo assim me perco entre teus dedos,
Como posso confiar se não disseres
Das tuas dores, dos teus sonhos dos teus medos.
Como posso confessar que ainda te amo,
Se como garras me sufocas com teu medo.
Será que o tempo realmente apaga tudo,
Ou é o tempo, uma mera ilusão?
Se assim não fosse, com certeza apagaria
As cicatrizes da desordem da razão.
Mais, sendo o tempo tão somente uma ilusão,
Passa tão rápido sem deixar marcas no chão.
Já não existe verdade humana absoluta,
Nem erros cometidos sem razão.
Sempre haverá no subjetivismo da visão
Um espaço livre, onde caberá, a dor,
O sorrir do perdão sem razão, e o tempo
Escorrendo entre os dedos da mão.
Como podes viver tanto tempo sem querer,
Sem me dar o perdão pra eu viver.
Como pode alguém tão jovem já ser mãe
E trazer no coração tamanha dor,
Ate quando vivereis assim, sozinha,
Sem te voltares pra Jesus o Salvador?
Apressa-te querida minha, o tempo urge
Não te demores no caminho do orgulho,
Procura rápido o caminho do Senhor.
Manda depressa em pensamento o teu perdão,
Talvez dê tempo libertar quem te feriu.
Pois só Jesus tira a dor, renova o tempo,
E no teu peito põem um novo coração.
Fazendo assim, a tua vida terá paz,
E eu, serei capaz de controlar os sofrimentos
Que ainda teimam em escorrer,
Por entre dedos da mão.




Bartolomeu