quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ENTRE OS DEDOS

ENTRE OS DEDOS.


Não posso me contentar com tão pouco,
Não entendo esta indiferença tua.
Sem motivo aparente. Me deixas louco.
Como posso me dar tanto assim, se não me queres,
E mesmo assim me perco entre teus dedos,
Como posso confiar se não disseres
Das tuas dores, dos teus sonhos dos teus medos.
Como posso confessar que ainda te amo,
Se como garras me sufocas com teu medo.
Será que o tempo realmente apaga tudo,
Ou é o tempo, uma mera ilusão?
Se assim não fosse, com certeza apagaria
As cicatrizes da desordem da razão.
Mais, sendo o tempo tão somente uma ilusão,
Passa tão rápido sem deixar marcas no chão.
Já não existe verdade humana absoluta,
Nem erros cometidos sem razão.
Sempre haverá no subjetivismo da visão
Um espaço livre, onde caberá, a dor,
O sorrir do perdão sem razão, e o tempo
Escorrendo entre os dedos da mão.
Como podes viver tanto tempo sem querer,
Sem me dar o perdão pra eu viver.
Como pode alguém tão jovem já ser mãe
E trazer no coração tamanha dor,
Ate quando vivereis assim, sozinha,
Sem te voltares pra Jesus o Salvador?
Apressa-te querida minha, o tempo urge
Não te demores no caminho do orgulho,
Procura rápido o caminho do Senhor.
Manda depressa em pensamento o teu perdão,
Talvez dê tempo libertar quem te feriu.
Pois só Jesus tira a dor, renova o tempo,
E no teu peito põem um novo coração.
Fazendo assim, a tua vida terá paz,
E eu, serei capaz de controlar os sofrimentos
Que ainda teimam em escorrer,
Por entre dedos da mão.




Bartolomeu

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