Hoje às
12h52 - Atualizada hoje às 13h10
Presidente do PSB diz que aliança com Aécio foi
traição e declara apoio a Dilma
'É a alternativa que mais contribui na direção do resgate de dívidas
históricas com povo'
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O presidente
nacional do PSB - partido pelo qual a ex-senadora Marina
Silva disputou o primeiro turno da eleição para a Presidência -, Roberto
Amaral, publicou uma mensagem em seu blog neste fim de semana criticando a
aliança de seu partido com o candidato tucano Aécio Neves para o segundo turno.
Para Amaral, o apoio "renega compromissos programáticos e estatutários, suspende
o debate sobre o futuro do Brasil, joga no lixo o legado de seus fundadores e
menospreza o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda,
socialista e democrática." Ainda segundo Amaral, "ao aliar-se à
candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos". O
presidente do PSB prossegue afirmando que, "por isso mesmo e,
coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice da Mata,
Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e Bruno da
Mata, a favor da liberação dos militantes. O Senador Capiberibe votou em Dilma
Rousseff." No texto, Amaral deixa claro seu apoio à candidata petista.
"Recebi com bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido
o papel a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me
livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de
que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única
alternativa para a esquerda socialista e democrática."
Veja o texto
na íntegra:
A luta interna no PSB, latente há algum tempo e agora
aberta, tem como cerne a definição do país que queremos e, por consequência, do
Partido que queremos. A querela em torno da nova Executiva e o método
patriarcal de escolha de seu próximo presidente são pretextos para sombrear as
questões essenciais. Tampouco estão em jogo nossas críticas, seja ao governo
Dilma, seja ao PT, seja à atrasada dicotomia PT-PSDB – denunciada, na campanha,
por Eduardo e Marina como do puro e exclusivo interesse das forças que de fato
dominam o país e decidem o poder.
Ao aliar-se acriticamente à candidatura Aécio
Neves, o bloco que hoje controla o partido, porém, renega compromissos
programáticos e estatutários, suspende o debate sobre o futuro do Brasil, joga
no lixo o legado de seus fundadores – entre os quais me incluo – e menospreza o
árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e
democrática.
Esse caminhar tortuoso contradiz a oposição
que o Partido sustentou ao longo do período de políticas neoliberais e
desconhece sua própria contribuição nos últimos anos, quando, sob os governos
Lula dirigiu de forma renovadora a política de ciência e tecnologia do Brasil
e, na administração Dilma Rousseff, ocupou o Ministério da Integração Nacional.
Ao aliar-se
à candidatura Aécio Neves, o PSB traiu a luta de Eduardo Campos, encampada após
sua morte por Marina Silva, no sentido de enriquecer o debate programático
pondo em xeque a nociva e artificial polarização entre PT e PSDB. A sociedade
brasileira, ampla e multifacetada, não cabe nestas duas agremiações. Por isso
mesmo e, coerentemente, votei, na companhia honrosa de Luiza Erundina, Lídice
da Mata, Antonio Carlos Valadares, Glauber Braga, Joilson Cardoso, Kátia Born e
Bruno da Mata, a favor da liberação dos militantes. O Senador Capiberibe votou
em Dilma Rousseff.
Como honrar o legado do PSB optando pelo polo mais
atrasado? Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB
restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos
desvãos do Estado. Nas ante-salas de nossa sede em Brasília já se escolhem os
ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano. A tragédia do PT e de
outros partidos a caminho da descaracterização ideológica não serviu de lição:
nenhuma agremiação política pode prescindir da primazia do debate programático
sério e aprofundado. Quem não aprende com a História condena-se a errar
seguidamente. Estamos em face de uma das fontes da crise
brasileira: a visão pobre, míope, curta, dos processos históricos, visão na
qual o acessório toma a vez do principal, o episódico substitui o estrutural,
as miragens tomam o lugar da realidade. Diante da floresta, o medíocre
contempla uma ou outra árvore. Perde a noção do rumo histórico. A Ao menosprezar
seu próprio trajeto, ao ignorar as lições de seus fundadores – entre eles João
Mangabeira, Antônio Houaiss, Jamil Haddad e Miguel Arraes –, o PSB renunciou à
posição que lhe cabia na construção do socialismo do século XXI, o socialismo
democrático, optando pela covarde rendição ao statu quo. Renunciou à luta pelas
reformas que podem conduzir a sociedade a um patamar condizente com suas
legítimas aspirações. Qual o papel de um partido socialista no Brasil de
hoje? Não será o de promover a conciliação com o capital em detrimento do
trabalho; não será o de aceitar a pobreza e a exploração do homem pelo homem
como fenômeno natural e irrecorrível; não será o de desaparelhar o Estado em
favor do grande capital, nem renunciar à soberania e subordinar-se ao capital
financeiro que construiu a crise de 2008 e construirá tantas outras quantas
sejam necessárias à expansão do seu domínio, movendo mesmo guerras odientas
para atender aos insaciáveis interesses monopolísticos .O papel de um partido
socialista no Brasil de hoje é o de impulsionar a redistribuição da riqueza,
alargando as políticas sociais e promovendo a reforma agrária em larga escala;
é o de proteger o patrimônio natural e cultural; é o de combater todas as
formas de atentado à dignidade humana; é o de extinguir as desigualdades
espaciais do desenvolvimento; é o de alargar as chances para uma juventude
prenhe de aspirações; é o de garantir a segurança do cidadão, em particular
aquele em situação de risco; é o de assegurar, através de tecnologias avançadas,
a defesa militar contra a ganância estrangeira; é o de promover a aproximação
com nossos vizinhos latino-americanos e africanos; é o de prover as
possibilidades de escolher soberanamente suas parcerias internacionais. É o de
aprofundar a democracia. Como presidente do PSB, procurei manter-me
equidistante das disputas, embora minha opção fosse publicamente conhecida.
Assumi a Presidência do Partido no grave momento que se sucedeu à tragédia que
nos levou Eduardo Campos; conduzi o Partido durante a honrada campanha de
Marina Silva. Anunciados os números do primeiro turno, ouvi, como magistrado,
todas as correntes e dirigi até o final a reunião da Comissão Executiva que
escolheu o suicídio político-ideológico.
Recebi com
bons modos a visita do candidato escolhido pela nova maioria. Cumprido o papel
a que as circunstâncias me constrangeram, sinto-me livre para lutar pelo Brasil
com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da
presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda
socialista e democrática. Sem declinar das nossas diferenças, que nos colocaram
em campanhas distintas no primeiro turno, o apoio a Dilma representa mais
avanços e menos retrocessos, ou seja, é, nas atuais circunstâncias, a que mais
contribui na direção do resgate de dívidas históricas com seu próprio povo,
como também de sua inserção tão autônoma quanto possível no cenário
global.Denunciamos a estreiteza do maniqueísmo PT-PSBD, oferecemos nossa
alternativa e fomos derrotados: prevaleceu a dicotomia, e diante dela cumpre
optar. E a opção é clara para quem se mantém fiel aos princípios e à trajetória
do PSB.
O Brasil não pode retroagir.
Convido todos, dentro e fora do PSB, a atuar comigo em
defesa da sociedade brasileira, para integrar esse histórico movimento em
defesa de um país desenvolvido, democrático e soberano.
Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2014.
Roberto Amaral
Minha
Opinião como eleitor, Brasileiro, trabalhador e pagador de impostos:
Se Aécio
Ganhar esta eleição, nos vamos
voltar a ver o FMI de novo dando ordens
dentro do nosso país.e certamente viveremos outra vez os malditos pacotes.
Veremos toda aquela turma que não aceitam a distribuição de renda para os
pobres desfazerem todo processo de
melhoria já realizado nestes oito anos.Para o pobre que nos governos
anteriores não tinha nem uma rede,e hoje possuem uma pequena põem sua
casa,pouco importa se existe corrupção.embora saibamos que este câncer não
começou neste governo, mais bem antes deste sistema atual.Esta mesma
roubalheira acontecia nos governos
anteriores ao PT,porem eram varridos para debaixo dos luxuosos tapetes. “Aquele que não olha nos olhos do seu interlocutor,
não merece resposta. Assim o é o que mostra os dentes, este não merece
confiança”,
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